Uma das dores mais relevantes identificadas pelas startups na criação de uma solução é a virada de MVP para produto. Muitas vezes, a solução é viável, mas ela não tem a robustez necessária para o mercado alvo. Neste post, vamos mostrar o caminho a ser percorrido para ir do MVP ao produto.
O que é MVP?
Primeiramente, vale explicar que o MVP, sigla para Minimum Viable Product (ou Produto Mínimo Viável), é praticamente a primeira etapa do processo empreendedor. Desenvolver um MVP contribui para que a startup observe e colete feedback dos primeiros clientes, os chamados “early adopters”, avalie situações práticas de uso da solução e aprenda de maneira rápida o que falta para o desenvolvimento da solução completa.
Além do uso para testes de utilização do produto e de seus recursos, o MVP também pode testar as demandas dos clientes, permitindo validar hipóteses do negócio e de produto.
Na maior parte do tempo, as startups se preocupam, principalmente, com a conveniência de sua solução, ou seja, se ela atende ou não às necessidades de seus clientes. No entanto, para o produto final, é preciso criar uma solução desejável, factível e viável. Isso significa que o seu produto ou solução não deve apenas satisfazer as necessidades de um cliente, mas ser fácil de manter e ter um modelo comercial sustentável, ou seja, é preciso pensar na viabilidade da solução considerando os canais de distribuição, processo produtivo, manutenção e ciclo de vida do produto.
Faz parte dessa etapa desenvolver protótipos para testar a solução em condições reais e acompanhar os principais indicadores de desempenho e resultados. Enfim, para chegar a uma solução diferenciada, é preciso dar robustez ao produto, se antecipar a problemas que você vai ter em campo e endereçar aspectos de produto durante o processo de aceleração.
Por exemplo, ao criar um sistema para agricultura, é preciso muito mais do que testes em laboratórios. É preciso que ele resista às intempéries e que software e hardware sejam resistentes às condições a que serão expostos. Bom lembrar que não são apenas soluções de hardware que sofrem tais limitações. Na área de software, a robustez se traduz em capacidade de processamento, em volume de dados, tempo de resposta e parâmetros de usabilidade.
Muitas vezes, a startup não tem braço suficiente para cuidar da produtização de seu MVP, já que seu foco está na validação do seu modelo de negócio. Nesse caso, a solução é contar com experts que suportem o desenvolvimento do produto e que consigam avaliar todas as variáveis necessárias para entregar algo robusto ao mercado.
Aceleração Tecnológica
Nesse sentido, a parceria firmada entre o Eldorado e a Baita Aceleradora tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento tecnológico de soluções criadas por startups, oferecendo as ferramentas para que elas alcancem a maturidade mais rápido.
A Baita auxilia no desenvolvimento de startups que possuem produtos complexos, e o acordo com o Eldorado permite ir além da aceleração de negócios, pois o instituto atua diretamente no suporte ao aperfeiçoamento das soluções das aceleradas.
Nós conhecemos os problemas e sabemos que um MVP não sobrevive muito tempo em campo. Nessa hora, a aceleração tecnológica é fundamental, pois ela endereça as questões relacionadas ao produto em paralelo à aceleração de negócios, fazendo com que a solução não apenas esteja pronta do ponto de vista de modelo de negócios, mas também e, principalmente, para que ela seja factível e viável em campo.