Já imaginou seus dados diários sendo interpretados de uma maneira estratégica e, por meio disso, ter soluções alinhadas à sua rotina sendo oferecidas para você? Com a tecnologia de Context-Rich Systems isso é possível.
O que são Context-Rich Systems?
Em 2015, a tecnologia Context-Rich Systems foi considerada uma das 10 principais tendências tecnológicas apontadas pelo Gartner. A inteligência proporcionada pelos dispositivos móveis atuais, em conjunto com a análise profunda dos dados e informações disponíveis, irá evoluir para sistemas que estarão atentos ao ambiente em que estão sendo utilizados, considerando todas as informações à sua volta. Com isso, tais sistemas serão capazes de responder de forma adequada às diversas mudanças de contexto no dia a dia de uma pessoa moderna.
O Google Now, por exemplo, dá notificações bem interessantes. Se ele percebe que você chega no trabalho todo dia às 9h e que geralmente você leva 20 minutos para isso, ele avisa que, em determinado dia, você precisará sair 15 minutos antes do habitual, pois o trânsito está muito ruim.
Por meio de suas notificações, o Google Now auxilia seus usuários em sua rotina diária. A ideia por trás dessa tecnologia é possibilitar que os sistemas computacionais possam compreender o contexto da solicitação de um usuário e se autoajustarem para fornecer uma resposta precisa a essa necessidade, mas, considerando, também, o contexto envolvido, como localização, tempo, conexões sociais, entre outros. Muitas empresas já utilizam essa tecnologia embutida em seus serviços. A empresa de e-commerce Peixe Urbano, por meio de seu aplicativo de celular, oferece ao seu usuário “dicas” de restaurantes com cupons de desconto no shopping em que ele está naquele momento, por exemplo. Mas, como isso é possível? Simples, os dados do ambiente são filtrados e interpretados, gerando uma sugestão alinhada à situação.
Atualmente, existem diversos assistentes virtuais, dentre eles Siri (Apple), Google Assistant, Alexa (Amazon) e Cortana (Microsoft). Mas, por enquanto, atuando de forma mais complacente, esses assistentes realizam suas tarefas e sugestões baseadas nos dados coletados/oferecidos pelo seu usuário ao longo do uso. No futuro, a ideia é que essa tecnologia seja mais proativa e intrusiva, combinando com o ritmo da sociedade atual, em que a necessidade de reação e adaptação é recorrente, além da supervalorização das experiências personalizadas.
O que esperar do futuro?
Um exemplo futurista e especulativo dessa tecnologia é retratado no seriado Black Mirror, em sua 3ª temporada, no episódio White Christmas. Diferentemente dos outros episódios, esse conta três histórias que se interligam, mas nosso foco é na segunda. Nela, vemos um mundo no qual as pessoas podem ter um clone/assistente que faz as tarefas solicitadas de maneira primorosa e em perfeita consonância, sem perguntar nada. Lembram do primeiro exemplo, sobre receber um aviso que naquele dia você precisa sair mais cedo por conta do trânsito? Imagine que naquele dia você teria uma reunião e, bem no universo especulativo dessa tecnologia, o seu assistente virtual, sem lhe perguntar nada, desmarca a reunião, porque já está ciente do seu atraso, e remarca para outro dia. Consegue vislumbrar a amplitude disso no cotidiano?
Protótipo
No Eldorado, como fonte de estudo, o Instituto desenvolveu um protótipo de uma folha ponto inteligente, no formato de um aplicativo móvel, que utilizava um modelo de mapeamento comportamental real, focando em hábitos, geolocalização e monitoramento de horários. O principal objetivo desse protótipo foi desenvolver um modelo de reconhecimento de padrões comportamentais e modos de entregar as informações ao usuário de maneira inteligente e simplificada. Saiba mais