Fundamentos essenciais para iniciar na Automação de Testes de API - Instituto Eldorado
22 de Janeiro de 2025

Fundamentos essenciais para iniciar na Automação de Testes de API

Adriany

Adriany Graças de Souza

Autor

As APIs são uma peça-chave na arquitetura moderna de software, pois facilitam a comunicação entre diferentes serviços e sistemas, muitas vezes de naturezas distintas. O teste de APIs é crucial para garantir que essa comunicação ocorra de forma correta, segura e eficiente, além de assegurar que as funcionalidades implementadas estejam funcionando conforme o esperado. Com o teste de API, podemos validar as funcionalidades do backend independente do frontend, o que possibilita começar os testes antes que a interface esteja concluída. Essa prática permite que problemas sejam identificados e corrigidos de forma antecipada, agilizando o processo de desenvolvimento e aumentando a qualidade do software como um todo.

O que é teste de API?

API significa “Application Programming Interface”.A “Aplicação” representa qualquer software que realiza uma função específica, e a “Interface” estabelece um contrato ou conjunto de regras para essa comunicação. Cada parte (cliente e servidor) precisa seguir o formato definido pela API para enviar e receber dados corretamente. Essa estrutura garante que as mensagens trocadas sejam compreendidas, promovendo uma integração eficiente e segura entre diferentes sistemas.A API atua como uma “ponte” para a comunicação entre aplicações, permitindo que elas troquem informações e recursos de maneira padronizada e estruturada.

O que é HTTP?

HTTP, ou Hypertext Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de Hipertexto), é um protocolo de comunicação que permite a troca de informações entre cliente e servidor. Ele define um conjunto de regras que ambos devem seguir para que a comunicação seja clara e compreensível, por isso o chamamos de protocolo. Dessa forma, o cliente consegue enviar requisições ao servidor, que responde de acordo com essas mesmas regras, garantindo uma troca de dados organizada e eficaz.

Quando você acessa um site, o navegador envia uma requisição HTTP ao servidor que hospeda o site. O servidor então responde com os dados da página (geralmente em HTML), que o navegador interpreta e exibe para você. O HTTP também permite operações além de “visualizar” uma página, como enviar formulários ou baixar arquivos.

  • O HTTP é baseado em um modelo de requisição-resposta, e as mensagens podem ser enviadas usando métodos como:
  • GET: para obter dados (como carregar uma página).
  • POST: para enviar dados ao servidor (como enviar um formulário).
  • PUT e DELETE: para atualizar e remover dados, respectivamente.

Ele é chamado de “sem estado” porque cada requisição é independente; ou seja, ele não “lembra” interações passadas. A versão mais segura do protocolo é o HTTPS (HTTP Secure), que criptografa a comunicação para proteger os dados.

Request (Estrutura da requisição)

Uma requisição (Request) é o pedido que o cliente faz ao servidor, descrevendo precisamente o que ele deseja. Cada requisição inclui uma estrutura específica, que contém:

  • Endereço (URL): o local do recurso que o cliente quer acessar ou manipular no servidor.
  • Cabeçalho (Header): um conjunto de informações adicionais que fornece contexto para o servidor, como o tipo de dados aceito (JSON, HTML), detalhes de autenticação e a origem do pedido.
  • Corpo da Mensagem (Body): dados extras que o cliente envia, necessários em métodos como POST e PUT, geralmente em formato JSON ou XML, detalhando o que deve ser processado ou armazenado.

Essa estrutura ajuda o servidor a entender e processar a requisição para responder com a

informação ou ação solicitada.

O que são GET e POST

São métodos HTTP usados para interagir com o servidor. Eles indicam a ação que o cliente deseja executar, e são fundamentais na comunicação entre o cliente (como um navegador) e o servidor.

GET: O método GET é usado quando o cliente deseja obter informações do servidor. Ou seja, ele faz uma requisição para “buscar” dados, como quando você acessa uma página da web. Quando você digita um endereço no navegador e pressiona “Enter”, o navegador faz uma requisição GET para o servidor, solicitando os recursos necessários (como o HTML da página, imagens, etc.).

POST: O método POST é utilizado quando o cliente deseja enviar dados para o servidor para que sejam processados ou armazenados. Um exemplo clássico é o envio de um formulário, como ao preencher campos de nome e e-mail em uma página de cadastro e clicar em “Enviar”. O navegador envia os dados do formulário via POST ao servidor para que ele possa processá-los.

Response (resposta)

Aprendemos que o cliente envia uma Request (requisição) ao servidor. Então é a mensagem que o servidor envia de volta ao cliente após receber e processar a requisição (Request). Ela contém as informações ou dados que o cliente solicitou ou, em caso de erro, uma mensagem explicando o que deu errado.Quando um cliente faz uma requisição, ele especifica o que espera receber de volta (por exemplo, dados ou uma página da web).

Quais validações podem ser realizadas em uma API?

  • Testes de segurança: Identificam falhas de segurança e verificam se a API pode resistir a ataques.
  • Testes de integração: Verificam como a API se conecta e funciona com outros sistemas ou partes do software.
  • Testes de unidade: Testam partes específicas da API, como funções ou métodos individuais.
  • Testes de tratamento de erros: Garantem que a API consiga lidar com problemas, como dados faltando ou errados.
  • Testes funcionais: Verificam se as diferentes funções da API estão funcionando corretamente.
  • Testes de confiabilidade: Confirma se a API funciona bem sem falhas durante um período de tempo.
  • Testes de carga: Medem o desempenho da API quando ela está lidando com muitas requisições, tanto em condições normais quanto em momentos de pico.

Estes testes ajudam a garantir que a API seja segura, eficiente e confiável.

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